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O fantástico retorno da malha

Fazendo uma retrospectiva da moda, é impossível esquecer da revolução que a elanca representou há alguns anos. Este tipo de malha foi um fenômeno em roupas femininas e mudou a forma de se pensar o papel da malha em produtos com maior conceito de moda. O tempo foi passando e a malha perdeu um pouco de espaço, mas por pouco tempo.

 

Nas últimas estações, no entanto, malha era praticamente tudo o que se via nas lojas de todo o Brasil. Até o que nas passarelas era apresentado por algumas marcas em diferentes tecidos planos, chegava ao consumidor final em peças produzidas em malha. Vestidinhos, blusinhas, shorts, macaquinhos, tudo em malha. Algumas peças ainda recebiam acabamento de festa, como na última temporada, completamente cobertas de paetês. A One Up chegou a produzir vestidos longos em malhas de seda.

 

Consumidores e criadores são cada vez mais exigentes e participantes de uma moda que acontece em alta velocidade. As malharias sabem disso e fazem enorme investimento em tecnologia e pesquisas comportamentais, para que seus produtos não se tornem defasados e acompanhem as mudanças do segmento.

De acordo com a equipe da malharia Marles – empresa tradicional no mercado brasileiro, com mais de 30 anos de existência e líder em inovações – o grande desafio da atualidade é conseguir o efeito de tecidos planos, com diferentes caimentos e texturas, sem perder todo o conforto que a malha tem a oferecer por sua elasticidade.

 

“É por isso que o jacquard em malha é uma das maiores apostas da Marles. A cara é de um tecido plano, mas permanece o toque mais gostoso da malha”, afirma Priscila Canccian, a responsável pela área de marketing e produto da malharia. Para quem olha o produto final, fica mesmo difícil de acreditar que as peças sejam de malha, é preciso tocar e ter a experiência do tecido na pele.

Malhas tecnológicas

 

A aposta fashion da empresa é tão grande que a Marles foi patrocinadora de vários desfiles nas últimas semanas de moda em São Paulo e Rio de Janeiro. Victor Dzenk, Redley, Animale, Lorenzo Merlino, André Lima , Wilson Ranieri, Samuel Cirnanck e Priscila Darolt são algumas das marcas que desfilarão peças com malhas da Marles. Em Brasília, a Marles é fornecedora de marcas como Apoena, Avanzzo, Jukaf e Água da Ilha.

 

Mas, além de atender as necessidades dos criadores e tendências de moda, a empresa precisa ficar de olho nas tendências comportamentais. E como a preocupação com o meio ambiente é uma tendência que logo se tornará necessidade, a malharia também investe em pesquisas, para que a produção de seu produto cause o menor impacto ambiental possível.

 

“Nesse segmento, apresentamos a malha Bamboo, com o selo Oko-tex, garantindo que a malha é 100% ecológica. É importante que as pessoas saibam que, para um produto ser considerado ecológico, deve ser analisado todo o processo de produção, desde a plantação do bambu que originará o fio, até o processo de trama e tingimento”, esclarece Priscila, garantindo também que estar na moda é ser consciente.

 

Priscila acrescenta que “o coração da Marles é a central de pesquisas”. Só assim é possível desenvolver malhas tecnológicas, com proteção anti-UV, propriedades antibacterianas e desodorantes, absorção de umidade, transpirabilidade, características termodinâmicas, toque macio, leveza e fluidez. “Já oferecemos malhas para a confecção de luvas que são usadas após tratamento de câncer de pele, quando a área atingida não pode ser exposta ao sol, mas também não pode ficar abafada”, informa.

 

Assim, a malha dá a volta por cima e mostra que seu espaço cada vez maior no mercado de moda é merecido. Não deixe de acompanhar nas fotos as várias etapas de produção da malha e descubra um pouco mais sobre este universo. Depois, escolha a que mais agradar ao tocar a sua pele e vista-se de acordo com as tendências da estação, sem perder o conforto e nem pesar na consciência ambiental.

Fonte: Jornal da Comunidade – Brasília

Moda, arte e tecnologia

Já ouviu falar no Exploratotium? Um museu de ciências, artes, tecnologia e percepção humana, em São Franciso, EUA.

É lá que acontece a exposição “Skin: Imaginative Designs in Digital & Analog Clothing”, aberta até 7 de setembro.

Unindo várias áreas de conhecimento, o projeto visa dar espaço para artistas, estilistas e cientistas que buscam inovação no modo como o ser humano lida com a moda e como a roupa se relaciona com o meio ambiente. Os resultados são bem interessantes: vão desde zíperes que conduzem energia elétrica até sensores que permitem que a roupa interaja com tudo que está ao seu redor.

Veja aqui algumas das criações mais interessantes (e tecnológicas):



Jaqueta feita de sacolas plásticas, por Karen Wilkinson



Vestido de embalagens de Snickers, por Anna Rochester



Vestido que gera energia elétrica através do movimento do corpo humano, graças a sensores localizados na área do ombro e quadril, que geram eletricidade quando recebem atrito ou ficam em movimento. A energia gerada é armazenada em pequenas baterias que podem ser usadas posteriormente.



Vestido que mede a qualidade do ar, por Stephanie Sandstrom. Sensores incorporados no vestido analisam a qualidade do ar. Quando a poluição está pesada, o vestido se contrai e enruga.



Vestido em homenagem à Norma Desmond, com várias imagens estáticas e em movimento, do filme “Sunset Boulevard”, por Scott Tallenger

Texto: http://spfw.com.br/noticia